Os Cineclubes goianos apresentam sua programação de agosto com uma variedade importante de atividades desde sessões de cinemas, mostras dedicadas ao circo, Encontro de debate sobre Sincretismo Religioso, Encontro Cineclubista dedicado a distribuição e modelos de negócios e produção de filmes do realizador Eudaldo Guimarães em parceria com o Cineclube Imigração na FLONA em Silvânia.
Os cineclubes do interior se destacam como sempre pela permanência e consistência de sua programação. O Cineclube Provocação coordenado pela bibliotecária Helena Carvalho Sicsu exibe o filme brasileiro “Que horas ela volta” (2016) representante brasileiro no Oscar, mas não foi indicada pela academia americana, porem recebeu diversos prêmios nacionais como o Grande Otelo do Cinema Brasileiro da Academia Brasileira de Cinema e Premio Ariel de Melhor filme Ibero-Americano da Academia Mexicana de Artes e Ciências Cinematográficas (AMACC), o debate acontece on-line pela pagina do Youtube do Cineclube Provocação. O Cineclube Utopias do Cerrado de Catalão, coordenado pelo professor Rogério Bianchi exibe o documentário "Sem Chão" (2024) dirigido por Basel Adra, Hamdan Ballan Ballal, Yuval Abraham e Rachel Szor. Vencedor de Melhor documentário no Oscar, produzido por um coletivo palestino-israelense mostra a destruição de Masafer Yatta por soldados israelenses na Cisjordânia ocupada e a aliança que se desenvolve entre o ativista palestino Basel e o jornalista israelense Yuval.
O Cine Naco de Olhos d’agua coordenado pelo economista Eduardo Alonso exibe uma programação questionadora, começa com “Apocalipse nos Trópicos” (2024) da brasileira Petra Costa, um filme desgarrador que provoca o questionamento sobre o papel dos lideres evangélicos na politica conservadora do Brasil. “Morte do Caixeiro Viajante” (1985) baseada na peça teatral de Arthur Miller de 1949, dirigida por Volker Schlöndorff. O filme brasileiro “Ó pai, ó” (2007) de Monique Gardenberg, um filme onde o personagem principal é o Pelourinho e sua população e personagens característicos da Bahia. “O Evangelho Segundo Jeremias” (2015) do mexicano Alfredo Quintas, um filme que encaixa com as atividades cineclubistas sobre Sincretismo Religioso no mês de agosto. O cineclube América Nuestra, coordenado pela realizadora Beatriz Ohana, em sua versão itinerante apresenta o filme “A Peleja do Bumba Meu Boi Contra o Vampiro do Meio-dia” (1986) de Luiz Lourenço, um filme-vídeo histórico e heroico sobre a peleja da cultura popular. De forma poética e metafórica, a narrativa traz a cultura popular do bumba-meu-boi em um duelo contra os poderes político e econômico.
O Grupo Bastet realiza o projeto de cinema “Mostra Vagalumes: O Circo Chegou” pelo Programa Nacional Aldir Blanc do governo estadual, em parceria com o Ponto de Cultura Vera Cult, Coletivo Centopeia e o Ninho Ancestral coordenado pelo produtor Leo Cassemir. As sessões acontecem de 14 a 16 de agosto no Ponto de Cultura Vera Cult, na periferia de Goiânia, com diálogo direto com o público após cada exibição com tradução em Libras. No domingo 17 de agosto será realizado o encontro Cineclubista dedicado a Distribuição e a estratégias para o Cineclubismo goiano.
O Cineclube Kurosawa coordenado pelo economista Nerivam Machado em parceria com o Museu Antropológico da UFG exibe o filme Black Jack do japonês Osamu Tezuke, sempre aos sábados acompanhados de salgadinhos e refrigerante e sorteando camisetas e copos com as imagens das sessões do Kurosawa. O Cineclube Imigração debate o filme da cubana Sara Gómez, "One Way In Another" (1974), com curadoria da socióloga Violeta Arvin resgatando a cineasta, roteirista, música e jornalista cubana, como membro do ICAIC, onde durante seus primeiros anos foi uma das únicas cineastas negras presentes. Ela foi a primeira mulher diretora no instituto, e a principal cineasta em Cuba. O Cineclube Imigração também participa na produção do filme do cineclubista Eudaldo Guimarães, “Depois do Anoitecer” que está sendo gravado na Floresta Nacional de Silvânia (FLONA).
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Viva o Cinema e o Cineclubismo Brasileiro e Goiano.
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