“A CHAVE DE SARAH” NO CINECLUBE PROVOCAÇÃO

O Cineclube Provocação de Caldas Novas, coordenado por Helena de Carvalho Sicsu, bibliotecária, responsável pela Biblioteca Municipal Josimo Bretas desenvolvendo um trabalho de educação, formação audiovisual e literária, pelo envolvimento destas expressões criativas nas atividades complementares da Biblioteca. Em parceria com a União de Cineclubes de Goiânia realiza Oficinas de Formação Cineclubista e de Cinema e Educação desde 2018. No período de Pandemia começou com a realização de Debates de Cinema na pagina de Youtube do Cineclube e o Provocação se transformou em um importante representante do Cineclubismo Goiano.
A curadoria do Cineclube direcionou a temática relacionada com as Mulheres, suas vidas e suas historias. Abordando filmes de diversas culturas e experiências. Filmes como “Incêndios” (2011) do canadense Denis Villeneuve, sobre a vida e o sofrimento da “Mulher que Canta” uma dissidente libanesa sobrevivente a Guerra Civil. Os filmes brasileiros como “Nise, O coração da Loucura” (2015) de Roberto Berliner ou “Eternamente Pagú” (1988) de Norma Bengell. O último filme foi sobre a perda da Memoria e Alzheimer, analisamos o filme “Para sempre Alice” (2014) de Richard Glatzer e Wash Westmoreland. Uma curadoria emotiva, com reconhecimento ao papel feminino de destaque na sociedade.
“A Chave de Sarah” (2011) de Giles Paquet-Brenner é um filme sobre a memoria e o esquecimento. O esquecimento de uma sociedade que prega seu slogan de “Igualdade, liberdade e Fraternidade” mais no momento da guerra e da invasão alemã, muitos colaboracionistas manifestaram o apoio e comunhão com as ideologias do invasor. Em 16 de julho de 1942, a policia francesa fez o confinamento de famílias judias parisinas no Velódromo d’Hiver. Baseada no livro de Tatiana de Rosnay. A historia do filme é atemporal, se desenvolve na narrativa de Sarah, uma menina de 12 anos e sua família em 1942 e a jornalista americana, Julia e suas relações e opções afetivas na atualidade. A vida destas duas mulheres se encontram em algum lugar do tempo e o espaço. Um filme maravilhoso e emotivo assim como o livro.
Muitos filmes sobre judeus franceses podem ser apreciados atualmente, porem dois filmes que narram esta historia do Vel’ d’Hiv são “Amor e Ódio” (La Rafle, 2010), dirigido por Roselyne Bosch, que mostra a participação de jovens enfermeiras francesas que estiveram para apoiar e ajudar aos judeus. Filme triste e emotivo que não nos permite esquecer e “Black Thursday” (Les Guichets du Louvre, 1974) dirigido por Michael Mitrani, baseado no romance de Roger Bousinnot de 1960, que retrata os terríveis eventos do Velódromo.
A memoria é importante para não deixar esquecer as dificuldades e poder avançar a um futuro melhor e não cometer os mesmos erros do passado.

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