Cineclube imigração de Goiás no Chile

O Cineclube Imigração foi uma iniciativa de dois integrantes do cineclube Sinpro GO, Sindicato dos professores das escolas particulares. Em seus inicios em 2014, a goiana Déborah Sousa e o chileno Francisco Lillo, definiram os temas que abordariam no Cineclube Imigração. A educação, a imigração e o cinema latino-americano foram às temáticas escolhidas. O Cinema Chileno foi uma prioridade, principalmente com a incorporação do chileno Rafael Sepúlveda, que incorporou elementos novos, como a preocupação estética e a difusão de flyer digitais nas redes sociais. Em 2016 o Cineclube Imigração realizou um projeto denominado, Cineclube Imigração da Cordilheira dos Andes a Goiânia, financiado pela Lei de incentivo a cultura da prefeitura de Goiânia, permitindo difundir as atividades cineclubistas e do cinema latino-americano. Em 2015, o Cineclube Imigração participou do 29º Encontro do Conselho Nacional de Cineclubes (CNC) em Itaparica, Bahia, Além da participação no Festival de Cinema de Anápolis e no Encontro Anápolis de Cineclubes. As conexões com o Chile se iniciaram com o ciclo de cinema de realizadores jovens chilenos, que aconteceu no Cine Cultura de Goiânia em parceria com a Embaixada Chilena. O Ciclo durou uma semana e foi exibido em diversas cidades do Brasil e Goiânia foi escolhida pelo papel do Cineclube e da comunidade chilena no Estado de Goiás. Em 2016, o Cineclube Imigração começou uma parceria importante com o Chile. No Cine Cultura foi exibida uma mostra com as realizações “Chilenos em Goiás” do realizador Francisco Lillo, o trailer “Juanita vai e volta” de Rafael Sepúlveda e os curtas da serie “Quintanauta” do realizador Nicolas Pienovi, coordenador da Cineteca da Universidade Viña del Mar e do Cineclube da Universidade. Nos anos seguintes esta parceria com o realizador se consolidaram e se realizaram novas atividades. Em 2017, produziram o filme “The Chilean Roadmovie: Fragmentos em Goiás”, onde percorreram 2.500 quilômetros, nas cidades de Brasília, Formosa, Itumbiara, Pilar, Teresina e Alto Paraiso, produzindo um falso documentários, um roadmovie sobre três chilenos conhecendo o coração do Brasil. Filme concluído e exibido no ano de 2019 em Goiás e em Arica no Chile. Em setembro de 2018, o filme “Chilenos em Goiás” foi exibido em Arica, na primeira mostra de cinema goiano, junto a outros filmes selecionados pelo Cineclube Imigração para formar parte de uma mostra de curtas que representem o cinema realizado em Goiás. A Mostra foi exibida na Biblioteca Municipal Alfredo Wormald Cruz e os comentários dos espectadores foram significativos pelo desconhecimento do estado de Goiás e da realização cinematográfica goiana. Em julho de 2019 foi exibido o filme “The Chilean Roadmovie: Fragmentos em Goiás, junto ao documentário “O cinema que não se vê” de Erick Eli, realizador anapolino do curso de Cinema da UEG, os comentários dos espectadores sobre ambos os filmes foram favoráveis, sendo “divertido e curioso” pelo volume e desconhecimento da produção goiana, as principais opiniões do público. Outro papel importante dos cineclubes, além da exibição e a produção, é a realização de oficinas de cinema, que permitem outros elementos de analise para o espectador. O Cineclube Imigração tem realizado oficinas de cinema latino-americano em Goiás, tomando a historia e as principais referencias cinematográficas como, Argentina e México e as cinematografias periféricas, passando pelos filmes premiados e os mitos cinematográficos. Estas oficinas foram realizadas em parceria com o curso de Letras Espanhol/Português da Universidade Federal de Goiás, tanto para alunos do curso como para o público geral. Em Julho se realizou duas oficinas em Arica, realizadas pelo Cineclube Imigração. Uma oficina sobre cinema brasileiro, sua historia e seu desenvolvimento estético e outra sobre cinema hispano-americano. O fechamento das oficinas de cinema latino-americano foi concluído com uma entrega de certificados e a realização de uma “Mostra de Cinema de Arica”, na Biblioteca Municipal. O Cineclube imigração estabeleceu uma rede de contatos e futuras parcerias para o cinema goiano, com um incipiente cinema de Arica, que é uma cidade fronteiriça que une três países, Bolívia, Chile e Peru, com uma riqueza cultural e um potencial que pode projetar a cinematografia e a cultura goiana em um processo de internacionalização significativo. A criação de um processo de aproximação com a cidade de Arica no Chile permite projetar Goiás ao mundo, utilizando o cinema e sua cinematográfica como um passaporte virtual.

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