Entre 13 a 15 de junho, a Cidade de Goiás se transformou na capital do Cineclubismo Goiano. O 26º Festival Internacional de Cinema Ambiental foi à casa onde o Cineclubismo reuniu-se com nomes nacionais. Recebemos a Coordenadora do Fórum Brasileiro de Cineclubistas, Tetê Avelar, representante do Cineclube Joaquim Pedro de Andrade e do Sinpro MG, Presidente do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros na gestão de 2019 a 2024. Adriana Gomes, cineclubista desde o início dos anos 2000 e Coordenadora de Políticas de Cineclubes, Educação e Festivais da Diretoria de Difusão e Preservação Audiovisual da Secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura. Eudaldo Guimarães, produtor e realizador audiovisual. Foi Gerente Executivo do FICA, Cineclubista e fundador do histórico Cineclube Antônio das Mortes desde 1977 e representa da SECULT Goiás na mesa de Democratização do audiovisual e o movimento cineclubista no Brasil e em Goiás. Além dos convidados recebemos a presença do Gerente de Fomento ao Audiovisual e Salas de Cinema, Gabriel Dutra Bastos. Um debate importante sobre a necessidade de dialogo entre o poder público, com representantes da esfera federal e estadual, responsáveis de estabelecer as bases dos editais de cultura. Além disso, foram apresentados os editais Arranjos regionais que podem beneficiar o Cineclubismo para a organização de pessoas que se unem para a apreciação de obras audiovisuais. Com caráter democrático, educativo e participativo, inerente à atividade cineclubista.
A segunda mesa de conversa foi Mulheres no Cinema, Avanços e desafios. Com moderação da cineclubista de Caldas Novas, Helena Carvalho Sicsu do Cineclube Provocação. As convidadas foram Ale Gama, roteirista e diretora estreante. Doutora em Performances Culturais (UFG), mestre em Educação (UFSCar) e estudante de Cinema e Audiovisual (UEG). Integra a APAN e dirige a Zariah Films. Hawalari Coxini, Indígena Karajá, estudante de Publicidade e Propaganda, trabalha com fotografia, dança, atuação. Trabalha em projetos que agregam valores sociais, pessoais, autoestima e culturais voltadas a comunidades que se identifica como: indígenas, LGBTQIAPN+, mulheres. Juliana Brombim é produtora, educadora do audiovisual e articuladora de projetos com foco em cinema, território e impacto social. Na Taturana, coordena campanhas de lançamento e desenvolve circuitos de exibição, articulando coletivos, cineclubes e salas populares em todo o Brasil, ampliando o acesso ao cinema como ferramenta de transformação social. Finalizando, Helena Caetana, cantora, compositora e cineasta, formada pelo Instituto Federal de Goiás. Têm na música e no cinema a sua paixão e se apresenta profissionalmente desde 2017, tendo participado e sido premiada em diversos festivais culturais e artísticos, tais como em três edições do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA). As experiências narradas neste dialogo consolida o papel e a importância do olhar e as vivencias para um cinema mais realista e realmente democrático.
O Encontro ministrou duas oficinas com temáticas significativas para o Cineclubismo. “Cinema, Educação e Cineclubismo Escolar”, apresentado pela professora Viviane Bolba, que coordenou 15 edições de mostras de vídeos produzidos por estudantes da rede pública estadual e da rede privada. O envolvimento dos alunos no universo do cinema, voltado para a arte-educação e o engajamento em cineclubes escolares. As produções abrangiam roteiros originais e adaptações de obras literárias, conhecidas ou não do grande público, sempre homenageando escritores internacionais e nacionais. As oficinas de Cinema, Cineclubismo e Educação sempre são atrativas para os cineclubistas, principalmente pela Lei Federal 13.006, apresentada pelo Senador Cristóvão Buarque, que obriga a exibição de 2 horas de cinema brasileiro nas escolas de ensino fundamental, mas os cursos de licenciatura dificilmente apresentam metodologias para o uso do cinema na sala de aula, a barreiras que as autoridades escolares impõem para a inclusão audiovisual, ainda que muitas salas de aulas estejam habilitadas para o uso do audiovisual e a dificuldade dos professores de inovação em suas praticas pedagógicas. A Oficina da Professora Viviane concluiu com a produção de filmes realizados pelos participantes. A segunda oficina foi do realizador audiovisual, Antonio Balbino, “Curadorias para Cineclubes: estratégias e cuidados”. Participa do movimento cineclubista desde 2010. Atua em formação de novos e na manutenção de cineclubes já estabelecidos. Participou da diretoria do Conselho Nacional de Cineclubes. Atualmente coordena o Cineclube Confabule em Brazlândia/DF, periferia de Brasília. Nesta oficina, Balbino apresenta as diversas perspectivas de curadoria, sendo muito participativa e com esta oficina encerramos o Encontro Cineclubista no 26º FICA.
O Encontro contou com a participação de aproximadamente 30 integrantes de diversos cineclubes de Acreúna, Anápolis, Aparecida, Barra do Garça/MT, Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, Brazlândia/DF, Caldas Novas, Goiás, Goiânia, Planaltina/DF e São Paulo/SP. Os Cineclubes que estiveram presentes são Antonio das Mortes, Bandidas, Catedral das Artes, Centro Cultural Valdon Varjão, Cine Arte e Cultura, CINECLUB, Confabule, Imigração, Joaquim Pedro de Andrade, Laranjeiras, Mãe d’Ouro, Motriz, Mutamba, Prime, Provocação, Vingador Toxico, Rosinha do Brejo, 7ª Arte e 16 de fevereiro. Estiveram presentes os festivais que realizaram os próximos encontros cineclubistas. Em Julho, em sua primeira edição, o Fest Cine Sant’Ana de Anápolis, realiza o Encontro Cineclubista retomando o tema da Democratização do Audiovisual no Estado de Goiás, um tema com diversas vertentes e olhares. Em Setembro os Cineclubes 7ª Arte e Cine Arte Cultura de Acreúna, junto ao IBRAC realiza a 3ª Edição do Acreúna Festival Internacional de Cinema AFIC com o 6º Encontro Cineclubista.
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Viva o Cinema e Cineclubismo Goiano e Brasileiro.
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